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Rooibos

Apenas um blog pessoal... mais um...

Despedida

29.03.18

Não gosto de despedidas. Mas vai ter que ser.

Certamente que já se aperceberam que fiz mais uma daquelas pausas neste blog. Houve dois motivos para o fazer.

O primeiro foi uma mudança a nível profissional, que me alterou a rotina e reduziu a disponibilidade para me dedicar ao blog.

O segundo foi um motivo mais pessoal, relacionado com o sentido de escrever um blog, do anonimato, sei lá... Coisas profundas, portanto...

Deixei passar o tempo, para perceber o que fazer. E percebi que é mesmo tempo de terminar. E como não gosto de deixar assuntos pendentes, fica aqui o meu texto de encerramento.

Obrigado a todos os que por aqui passaram e comentaram.

Até breve! Até sempre! Até que o destino nos junte de novo!

Bitaites

26.02.18

Quando nos tornamos pais, habituamo-nos a ouvir bitaites. E fazemos um sorriso amarelo, ou fazemos cara séria, ou fingimos que nem ouvimos.

Desculpem, se calhar estou a ser injusto. Se calhar até são apenas conselhos de quem nos quer bem, a nós e aos nossos filhos.

A verdade é que é difícil definir o limite entre um conselho e um bitaite. Quando se tornam insistentes e frequentes, a mim parecem-me bitaites. Quando ouço expressões como "façam" ou "têm de fazer", em vez de um simples "podiam tentar fazer", é um bitaite.

Se vier de alguém de fora, alguém que mal conheço ou de alguém que nem sequer conheço, então isso já ultrapassa qualquer limite.

Conto-vos duas situações.

 

Primeira situação. Fui buscar os miúdos à escola. Estava frio, pelo que levavam os dois o gorro enfiado pela cabeça abaixo. Cruzei-me na rua com uma senhora, também ela com uma filha pequena pela mão. Ela apontou para o meu mais novo e disse-me: "ele leva o gorro a tapar-lhe os olhos". Depois sorriu, meio envergonhada, e acrescentou: "desculpe".

Apercebi-me que o seu pedido de desculpas foi precisamente porque teve noção que se estava a meter onde não devia. Por isso sorri, agradeci e puxei o gorro.

 

Segunda situação. Fomos ao parque, aproveitar o sol que espreitou por entre os dias frios deste inverno. O meu filho mais novo deixou-se dormir, pelo que me sentei num banco, com ele ao meu colo.

Ali perto observei uma mesa com quatro senhoras de idade que jogavam às cartas. Duas delas levantaram-se e dirigiram-se à casa-de-banho. Uma delas desviou ligeiramente o seu caminho e passou junto de mim. Sorriu-me, não me disse nada (pareceu-me ser estrangeira), mas, por gestos, fez-me sinal para levantar a cabeça da criança. Imitando com o seu próprio pescoço, fez-me sinal que a criança estava com a cabeça demasiado pendente.

Apoiei melhor a cabeça do meu filho, acenei que sim e sorri. Ou tentei sorrir, mas desta vez acho que fiquei sério.

 

Se fosse ao contrário, acho que, em qualquer das situações, eu não teria dito nada. Na verdade, acho que só diria algo numa situação demasiado grave.

Fui a uma reunião e aprendi sobre os ossos do corpo humano

22.02.18

Deixem-me partilhar convosco algo que acabei de aprender: o que são os ísquios?

E deixem-me explicar a razão de ir pesquisar sobre estes ossos do corpo humano.

Fui à reunião de pais do meu filho mais novo. A reunião foi na própria sala da creche, pelo que nos sentámos todos nas cadeirinhas pequenas das crianças.

A reunião durou 2 horas. Antes de chegar a meio, comecei a sentir dores, e percebi que tinha dois ossos (um de cada lado) a tentar furar as minhas nádegas. Não estranhei, pois o assento da cadeira era de madeira.

Tentei pôr as mãos no assento da cadeira, de forma a transferir parte do peso do meu corpo para as mãos e para os braços. Mas o assento era pequeno e não o consegui fazer.

Tentei mudar a posição das pernas, para tentar que a superfície de contacto com a cadeira fosse maior ou então tentar apoiar-me noutra parte do corpo. Primeiro estiquei as pernas, mas continuava igual, além de mais desconfortável. Depois cruzei as pernas à chinês, mas também não resultou.

O que fazer mais? Pôr-me de pé? Sentar-me no colchão ondes as crianças se sentam em roda? Não, mais valia estar quietinho. E aguentei até ao fim da reunião.

Acho que ainda hoje sinto as dores (felizmente que não me sento em superfícies duras no dia-a-dia). E por isso fui procurar que ossos era estes, porque nunca me tinha apercebido da sua existência.

Para a próxima levo uma almofada!

Estou em dia 'não'

20.02.18

Quando estudava, disse uma vez a uns colegas: "hoje estou num daqueles dias". Ao que um deles me respondeu: "pensava que só as mulheres é que tinham daqueles dias".

Se calhar é só a minha mania de ser diferente, mas eu, apesar de ser homem, também tenho daqueles dias. Hoje é um deles. Hoje estou em dia 'não'.

Hoje nem estava com cabeça para escrever. Achei que não estava com inspiração. Depois veio-me à ideia de que, se calhar, o melhor era mesmo escrever sobre o que me vai cá dentro. Como se fosse uma espécie de terapia. Talvez ajude.

Esta semana foi preciso alterar a nossa rotina e os nossos horários, a fim de conseguirmos dar resposta a alguns compromissos pessoais. Nada de novo, é só mais do mesmo... Consultas, reuniões, escola, assuntos a tratar...

Com isto vêm sempre as mesmas questões... Vou eu ou vais tu? Não dá para irmos os dois? E os miúdos? Quem os leva à escola? Quem os vai buscar? E a que horas? Levá-los tão cedo? Ir buscá-los tão tarde?

Escusado será dizer que foi um serão cansativo a tentar acertar estes pormenores de forma a chegarmos a um consenso entre os dois. Será o cansaço? Será a falta de tempo? Será mesmo falta de comunicação entre os dois? Ou será a falta de qualidade nesta comunicação?

Acho que queremos falar muito e ouvir pouco. Eu, pelo menos, queria ser mais ouvido. Será que eu próprio não ouço o suficiente?

E este vai ser mais um longo dia, que eu queria que passasse depressa para ir para casa e resolver tudo. Nada de resolver a meio do dia, pelo telefone, não resulta. Sei de experiências anteriores.

Hoje de manhã fui levar os miúdos à escola. Normalmente é a mãe a levá-los. Sempre que sou eu a levá-los, o mais novo fica a chorar. E lá tive que o entregar, meio forçado, porque ele se abraçava a mim. E vi-os ir os dois, de mão dada, com o mais novo a chorar e o mais velho sem saber muito bem o que lhe fazer. Nem me despedi devidamente deles.

Já bastava o serão de ontem, não precisava de mais esta hoje de manhã a contribuir para este dia 'não'.

 

Já chega de doenças

19.02.18

Janeiro foi um mês complicado a nível de doenças. E eu pensei que Fevereiro ia dar-me alguma folga. E trouxe, mas não total. E eu queria um mês descansado.

Nâo sei se sou o único, mas isto de ter filhos doentes é cansativo. Uma pessoa acorda de manhã e parece-lhe que vai ser um dia normalíssimo. Mas não, há um dos miúdos que tem febre. E agora? Um de nós tem que ficar em casa com ele. E na escola só aceitam os miúdos passadas 24 horas sem febre. O que significa sempre 2 ou 3 dias em casa.

E agora? Vai já ao médico? Aguardamos? Bem sei que os médicos não aconselham a ir logo a correr para a urgência, porque estas coisas, muitas vezes, acabam por passar sem nenhum cuidado particular para além da medicação para controlar a febre. Sei que vou lá chegar e ouvir qualquer coisa como "está tudo normal, mas é muito cedo para haver outros sintomas".

Mas se aguardo, coloca-se outra questão: e a justificação para apresentar no trabalho? Se amanhã a criança já não estiver doente, vou ao médico só pedir uma justificação? E se chego lá e me dizem (como me disseram a mim) que não podem passar justificações para o dia anterior?

E porque é que só agora, que o mais velho já vai a caminho dos 5, é que dou por mim a pensar nestas questões? Porque tínhamos o previlégio de ter com quem deixar as crianças em caso de doença. E isso mudou há pouco tempo.

Bom, bom, era que as doenças parassem. Ou então se calhar o melhor mesmo é colocar a questão à pediatra. Talvez ela possa tratar das justificações. É assim que os outros pais fazem, não é?

Rooibos em destaque

08.02.18

O meu texto de ontem teve direito a destaque na página dos blogs e na página principal do Sapo.

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 Obrigado ao Sapo e a todos os que por aqui vão passando!

Reclamar no sítio certo e da forma certa

07.02.18

Certamente já todos tivémos problemas em fazer valer os nossos direitos junto de grandes empresas. Como, por exemplo, operadoras de telecomunicações. Entre outras...

Também já tive a minha dose disso. E percebi agora (e espero não vir a descobrir que não) que a melhor forma de nos fazermos ouvir é saber reclamar no sítio certo e da forma certa. Não vale a pena discutir e gritar com quem nos atende o telefone ou com quem atende num balcão, pois aí a única coisa que podem fazer é defender a empresa.

Então, deixo-vos o testemunho do meu último caso.

O meu filho mais velho, que é um ás com o comando da box da televisão, conseguiu subscrever um serviço extra, pago mensalmente. Só descobri quando vi a primeira mensalidade na factura.

Liguei para a linha de atendimento e expliquei a situação. Confirmaram-me a subscrição do serviço através da box, e que, como era considerado um serviço extra (e não uma alteração ao serviço base), não tinham a obrigação de pedir confirmação ao titular do contrato, nem sequer de o informarem. E que a box já oferecia um nível de segurança: um código PIN, que eu deveria alterar para não ser o código original.

Ora eu já tinha alterado este código, mas por qualquer motivo este foi reposto ao original, o qual é apresentado no ecrã quando o mesmo é pedido. Segundo a assistente, nalgumas situações era normal o código ser reposto. E perante a minha reclamação, ela defendeu o processo.

Não perdi mais tempo em reclamar ao telefone. Sei, por experiência própria, que as reclamações feitas por esta via não têm resposta.

E decidi usar, pela primeira vez, o livro de reclamções online. Descrevi a situação, detalhadamente, e apresentei os meus argumentos para não concordar com a cobrança daquela mensalidade. No final pedi a devolução do dinheiro. Tudo de uma forma clara e séria, sem ironias, piadas ou juízos de valor sobre a empresa em questão.

Para meu grande espanto, a situação resolveu-se em dias, com a devolução de uma quantia superior ao que me tinha sido cobrada.

Sem tema

06.02.18

Pois, é isto mesmo: sem tema. Parece que tenho a necessidade de escrever, mas não sei sobre o quê. Quer dizer, até tenho alguns temas na calha, mas parece que não saem. Ou não saem, ou não sei como os fazer sair... Vou escrevendo simplesmente? Tento criar um fio condutor? Tento manter qualquer tipo de organização no blog? Ou escrevo ao sabor do vento?

Se calhar, isto é apenas o reflexo da minha vida, que atravessa uma fase de cansaço e de algumas questões. Ora porque, como disse no meu post anterior, as últimas semanas têm sido complicadas a nível das doenças da época. Ora porque o cansaço de ter dois filhos pequenos se acumulou de tal forma que me sinto absorvido por isso. Ora porque a nível de trabalho estou a passar por uma fase de indecisões que se estendem há demasiado tempo e que me desmotivam completamente.

Bom, e neste texto parece que já há por aqui muitos temas para falar. Talvez seja um ponto de partida para os próximos textos.

Ainda aqui estou

29.01.18

As últimas semanas foram complicadas, pois as doenças da época resolveram atacar toda a gente lá em casa. À vez, claro está, que é para estar sempre alguém bem que possa tomar conta dos restantes.

Daí a minha ausência nos últimos tempos. Espero que os próximos tempos sejam melhores.

Papeladas #2

08.01.18

Continuando o assunto da garantia sem factura...

Cansado de esperar pelo telefonema, liguei de volta para o apoio ao cliente, ao que me disseram que o pedido já tinha sido enviado para a assistência técnica da marca. Depois disso, ligou-me o técnico e combinámos ir de imediato a casa. Assunto resolvido, pensei eu.

Mas assim que entramos em casa, pede-me o técnico: "preciso confirmar a factura".

Pensei que ia "morrer na praia"...

Eu disse que não tinha a factura comigo. Ele explicou que precisava ver a factura, que eu até lha podia enviar depois por e-mail, porque precisava preencher um relatório sobre a reparação da máquina, e nesse relatório tinham que constar os dados da factura.

Lá disse que não sabia da factura e que pensei já não ser necessária, dado a loja ter confirmado a compra perante o número da mesma.

E ele pediu-me então os dados da factura, que consultei de novo no portal das finanças, disse-me que para ele bastava, mas aconselhou-me a pedir uma 2ª via da factura, caso fosse necessária novamente.

Assim fiz. E a loja respondeu com grande rapidez, enviando-me por e-mail a factura.

Ainda bem que o fiz, pois já estava esquecido que tinha também comprado uma extensão da garantia por 5 anos.