Esta semana a empresa tem funcionado a meio gás. Grande parte das pessoas tirou férias nestes dias, principalmente nos dias junto aos fins-de-semana. Isto inclui os chefes, que apesar de pedirem para que as equipas nunca tenham mais de metade das pessoas a gozar férias simultaneamente, decidiram tirar férias nos mesmos dias.
Por isso, esta semana a banda toca sem maestro. O que deve ser sinal que a banda está muito bem ensaiada. Ou então estamos todos a tocar fora do ritmo e ninguém se apercebeu.
Diz o ditado que "patrão fora, dia santo na loja", pelo que hoje é um bom dia para fazer 2 horas de almoço bem regado e para ir para casa mais cedo.
Ou não, porque a minha consciência me impede. Bem sei que não tenho horários fixos, mas há trabalho para fazer e, graças às viroses que passaram lá por casa, esta semana não fui muito cumpridor de horários. E como cada equipa é indepedente na forma de trabalhar, não posso simplesmente olhar para o que os outros fazem e fazer igual.
Portanto, para mim, hoje seria "dia santo na loja" se os chefes por cá estivessem e dessem ordem para sair mais cedo. Não havendo, resta-me lutar com a minha consciência, ainda que saiba que, nestas lutas, me deixo sempre vencer.
O meu filho mais velho sempre foi dado a febres, viroses e outras que tais. Toda a gente diz que é normal, que é da escola, que os filhos também foram assim em pequenos e depois passou. Até agora, os médicos também têm dito que é tudo normal, fruto do tempo e de um organismo que ainda está a construir defesas.
E, no meio de tantas dúvidas normais a um pai e a uma mãe recentes, vamo-nos habituando à ideia, na esperança que chegue o dia em que estes episódios sejam passado.
Até ao dia em que vou, uma vez mais, a uma consulta de urgência com ele e uma das funcionárias olha de repente e diz: "eu já te conheço, és cliente habitual".
Pois, é cliente habitual. E nem por isso tivémos direito a desconto na consulta!
Não sou adepto de prendas. Nunca fui e continuo a não ser. Acho que muitas vezes são dadas por obrigação e isso acaba por lhes tirar o valor que deveriam ter.
Para ajudar, não tenho jeito nenhum para escolher prendas. Fico sempre a achar que a pessoa não vai gostar e que estou a deitar dinheiro ao lixo.
Mas este ano decidi-me a dar uma prenda à minha mulher, que fosse surpresa (portanto, preferencialmente algo que ela nunca me tivesse pedido), devidamente embrulhada segundo o espírito da época. E ocorreram-me duas coisas, pelo que, para me esmerar, decidi mesmo comprar 2 prendas.
A prenda nº 1 era mesmo a cara dela, pelo que decididamente era uma boa escolha. Infelizmente depressa descobri que não ia ser fácil encontrá-la (pelo menos com tão pouco tempo disponível).
Felizmente tinha pensado em duas coisas, pelo que tinha ainda a prenda nº 2. Encomendei-a pela internet, com data prevista de entrega para dia 21. Depois passou para 22. Depois para 26. E afinal já não tinha prenda para dar...
Escolhi então uma prenda nº 3, pelo que a dois dias do Natal fui ao centro comercial, quando saí do trabalho, para a comprar. Escusado será dizer que toda a gente teve a mesma ideia que eu e que o centro comercial estava cheio.
Comprei o que tinha a comprar e dirigi-me à mesa disponível para embrulhos. Era self-service e estava cheia de gente à volta. Não havia filas nem senhas: era cada um por si. Muitos levavam só o papel para embrulhar em casa, mas eu tinha que embrulhar ali para a minha mulher não ver o que era.
Aguardei. Ocupei um espaço deixado por uma pessoa, ao lado de uma senhora que tinha uma pilha de presentes já embrulhados. Pedi-lhe licença para tirar papel para mim, mas quando tentei voltar ao meu espaço este já estava ocupado por mais duas pessoas. É Natal, é tempo de amor, e nestes sítios há sempre lugar para mais um. Por isso, encolhi-me e comecei a fazer o meu embrulho entalado entre os cotovelos de um homem e a pilha de presentes que a senhora já terminara.
Passado um pouco, a senhora saiu e eu senti-me a respirar outra vez. Veio então outra senhora só com uma prenda para embrulhar, cortou um grande pedaço de papel e abriu-o completamente tapando o meu embrulho quase terminado. É Natal, é tempo de amor, por isso calei-me. Afinal conseguia ver metade do meu embrulho, era o suficiente. A senhora acabou por se aperceber e pediu-me desculpa. Mas não tirou o papel.
Terminei o meu embrulho. Ficou com alguns rasgões, mas usei fita-cola para evitar que abrissem mais. Decididamente gosto de fazer as coisas bem feitas, mas não tinha grandes condições, por isso teria que seguir assim mesmo.
Saí dali com pouca vontade de repetir o feito.
Entretanto, a data prevista para entrega da prenda nº 2 passou para dia 28. E agora já vai em 29. Portanto, ficará para prenda de Ano Novo!
A prenda de Natal, essa, foi devidamente entregue. E valeu a pena o esforço! Afinal, talvez venha mesmo a gostar de dar prendas. Tenho é que tratar disto mais cedo, para evitar as confusões dos últimos dias.
Tenho andado ocupado profissionalmente e, para ajudar, caiu-se uma gripe lá em casa que tem passado por todos e que teima em não desaparecer. Por isso, eu, que há uma semana achava que ia todo lançado a publicar textos e que era desta que dava outro ritmo ao blog, acabei por deixá-lo em silêncio durante alguns dias.
Ainda assim, deixo-vos votos de um Santo Natal com paz, saúde e calor (que está um frio que não se pode) e um Ano de 2017 rico em posts.
Na teoria é tudo muito bonito. Somos uma empresa. Somos uma equipa. Cada um tem o seu papel e todos somos necessários para que a empresa funcione.
Mas depois, na prática, notamos algumas diferenças. Ainda agora apareceu uma árvore de Natal num dos departamentos. Até chocolates tem pendurados. Nos outros departamentos, nada.
Por norma respeito o lugar de quem, estando já na fila da caixa do supermercado, a abandona para ir buscar mais qualquer coisa. Não concordo que seja o correcto (eu não o faria), mas faço-o para evitar discussões desnecessárias. Afinal um esquecimento acontece a qualquer um.
Mas também há quem deixe as compras na fila a marcar lugar propositadamente. Por isso, se a fila avança e as compras continuam abandonadas, passo à frente.
Foi o caso desta vez. Uma funcionária do próprio supermercado colocou dois artigos no tapete e desapareceu. Como deixou os artigos mesmo no início do tapete e a caixa estava vazia, entendi que não estava a marcar lugar, pelo que avancei e pus as minhas compras no fim do tapete, junto ao operador.
Ainda pensei que a senhora entretanto regressasse e reclamasse. Mas quem o fez foi o operador.
Diz-me ele: "Aquela senhora já estava na fila". Olho e não vejo a senhora, pelo que olhei com cara de parvo para o operador: "Desculpe?".
Responde ele: "Aquelas coisas têm dono". E viro-me eu: "Têm dono, mas o dono saiu da fila".
Calou-se. Pegou nas minhas compras: "Bom dia. Quer saco?"
A senhora entretanto apareceu de novo. Não me disse nada.
Um colega aqui do trabalho queixou-se que, quando foi à casa-de-banho, estava um cheiro intenso a m*rda. Foi uma segunda vez e queixou-se do mesmo. Depois diz que só passou junto à porta da casa-de-banho e sentiu o mesmo cheiro.
Eu também fui à casa-de-banho, mas não senti o cheiro!
Será que as mudanças de fraldas lá em casa me deixaram o nariz calejado e agora já não sinto o cheiro a m*rda?
Sem grande atraso, lá fui chamado para o consultório para ter a minha primeira consulta com o médico de família.
Fico sempre nervoso quando venho a estes sítios, por isso gosto de profissionais que me ponham à vontade. Não foi o caso. O médico manteve um ar sério durante toda a consulta.
Mas pensando bem, não me devia queixar, pois podia ser pior. Afinal, o médico de família dos meus pais também tinha (e ainda tem) um ar sério. Pior que isso, é que não sabia medir as palavras: para ele tudo era grave e urgente.
Lembro-me, era eu criança, de ter tido duas amigdalites num curto espaço de tempo. Diz-me ele: "Se voltas a ter isto nos próximos 6 meses, vais à faca!".