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Rooibos

Apenas um blog pessoal... mais um...

Deixem-me lá bater no ceguinho

31.10.16

Tenho evitado falar aqui de assuntos da actualidade, que sejam recorrentes nos blogs, porque não me apetece ser mais um a "bater no ceguinho" ou a "chover no molhado".

Mas desta vez tenho mesmo que fazer um desabafo, já feito por muitos, porque acho que a questão está a tomar umas dimensões perigosas.

Não gosto do dia das bruxas (recuso-me a usar o inglesismo que todos conhecemos). E achava que isto era algo que nunca teria grande impacto no nosso país. Mas ontem, durante as habituais compras de fim-de-semana, dei com o supermercado todo decorado com teias de aranha, bruxas, abóboras e aranhas gigantes.

Já não para falar que vi muitos miúdos disfarçados para a ocasião. Até no Facebook tive que levar com as fotos dos filhos mascarados, publicadas por pais babados, e com comentários do tipo "Está tão linda!". Linda? Mascarada de bruxa e está linda?

Percebi, portanto, que este dia (que, por sinal, já se prolonga por vários dias) já está a ficar enraizado na nossa sociedade. Eu, por mim, vou evitá-lo tanto que for possível. Espero bem não ter que levar com crianças à porta a pedir doces.

[Adenda]

Cara de parvo

28.10.16

... deve ter sido a cara com que fiquei, depois de a ter visto a caminhar na direcção do meu carro, pelo meio da estrada.

Eu circulava num parque de estacionamento. Ela vinha em direcção contrária à minha, a pé, pelo meio da estrada, e olhava na direcção oposta, pelo que não se apercebeu que o meu carro circulava ali.

Parei. Ela continuou a andar. Quando olhou para a frente, viu-se frente a frente com o meu carro e deu um salto de susto.

Depois, como se nada fosse, desviou-se e continuou o seu caminho. Eu segui-a com o olhar, à espera de um "Desculpe!". Em vez disso, devolveu-me um ar zangado e disse-me qualquer coisa como "O que é que foi?!".

Não foi nada. Eu já devia saber que, a nível de trânsito, poucos cumprem a lei.

Eu a minha mania de cumprir regras!

Declaração de amor

17.10.16

Ouvi, em pleno supermercado, uma declaração de amor. Andava eu nas compras de fim-de-semana (as quais odeio, mas não tenho conseguido fugir).

Pelo sistema de som, depois do indicador sonoro, ouço a seguinte saudação: "Amado cliente...".

A emoção foi tal que nem ouvi o aviso que veio a seguir. Eu, que nem sou de romantismos, até fiquei comovido por me sentir tão acarinhado pelo meu supermercado.

Depois liguei o meu lado racional. Percebi que afinal foi só uma falha no sistema de som que cortou parte da saudação. Em vez do habitual "estimado cliente", só se ouviu "...mado cliente", que a mim me soou a "amado cliente".

Pronto, afinal não era nenhuma declaração de amor. Por isso, continuamos a ter uma relação de puro interesse e de nenhum prazer.

Sexta-feira

14.10.16

Vinha de manhã para o trabalho. O trânsito estava intenso, como é habitual.

Aproveitando a fila que acabava de arrancar, deixei espaço para deixar passar uma senhora que estava a sair de uma bomba de gasolina. A senhora, que visivelmente estava distraída com os outros passageiros do carro, atrapalhou-se e deixou parar o carro. Continuei parado, pois tive medo que ela arrancasse ao mesmo tempo que eu e me batesse. Ouvi logo duas buzinadelas atrás de mim.

Tenham calma! É sexta-feira!

Eu ainda sou do tempo...

06.10.16

... das MMS.

Ainda estranho esta frase, mas a verdade é que na última negociação que tentei fazer com a minha operadora (e também na pesquisa que fiz noutras operadoras) me apercebi de que as MMS já não são incluídas nos pacotes. A alternativa indicada pelos operadores são apps (a mania dos inglesismos) que fazem o mesmo (ou então pagar pelas MMS enviadas).

Resisti e mantive o tarifário que já tinha. Lá em casa ainda enviamos MMS para os familiares e não quis perder isso.

Um dia destes, um familiar ligou-me: "Preciso enviar-te um foto, mas eu pago pelas MMS. Tens WhatsApp?"

Naquele momento senti-me ultrapassado.